Microscopia a 3D
12-02-2010 09:36
A prova de princípio do sistema, que leva o nome de microscopia de iluminação estruturada em 3D, está na edição desta semana da revista especializada americana "Science". O trabalho é uma colaboração entre cientistas alemães e americanos, capitaneada por Lothar Schermelleh, do Departamento de Biologia da Universidade Ludwig Maximilians de Munique.
O que o grupo internacional fez foi iluminar as amostras de células -- devidamente realçadas com corantes especiais -- com feixes múltiplos de luz. O truque faz com que as ondas luminosas "interfiram" entre si (reforçando-se ou contrapondo-se, graças à variação de "cristas" e "vales" das ondas), de forma a permitir uma resolução abaixo do limite normalmente imposto pela natureza da luz visível. Não é mágica -- é só um jeito de explorar uma propriedade natural das ondas luminosas.
O resultado parece ter compensado. A mesma estrutura -- no caso, os poros do núcleo de células de cromossomas no interior delas --, que seria vista como um borrão quase indistinto pelos métodos tradicionais, aparece de forma clara, com sensação de profundidade, no trabalho dos pesquisadores. Eles afirmam que seria possível adaptar a tecnologia, de modo que usá-la não seria mais complicado do que é empregar hoje um microscópio óptico dos bons.
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